Treino contínuo ou HIIT: qual vale mais a pena?
O que você sabe sobre HIIT?
O mundo do fisiculturismo é regido por alguns debates calorosos a respeito das melhores técnicas para atingir o corpo perfeito. E quando o assunto é cardio, certamente existem algumas alternativas e metodologias que podem ser utilizadas para que o percentual de gordura seja diminuído.
Esse é o exato caso do eterno embate entre o clássico treino contínuo e o High Intensity Interval Training (HIIT), que anda ganhando cada vez mais espaço nas academias ao redor do mundo.
Neste artigo nós tentaremos desvendar brevemente essas duas abordagens de treino, fazendo com que você finalmente consiga decidir qual é a melhor opção para o seu caso. Ficou interessado no assunto? Continue a sua leitura!
As duas metodologias
Antes de entrarmos em mais detalhes é preciso que você leitor saiba identificar com clareza as diferenças entre o treino contínuo e o HIIT.
O treino contínuo é a metodologia que consiste na execução de um exercício aeróbico de baixa (ou média) intensidade por um longo período de tempo, que pode variar de 30 a 45 minutos.
Já o HIIT, é a metodologia de treino que emprega a variação de intervalos de intensidade por meio de um exercício aeróbico qualquer. Como a intensidade dessa modalidade de treino é mais alta, o período de tempo de execução do exercício raramente ultrapassa os 30 minutos.
Essas são as principais diferenças entre esses dois métodos que podem ter objetivos diversos. Para simplificar, nós partiremos do princípio de que o seu objetivo principal seja a diminuição do seu percentual de gordura corporal.
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Os benefícios do treino contínuo
Um dos maiores benefícios do treino contínuo é a sua facilidade de aplicação. Qualquer pessoa pode simplesmente incluir 30 minutos de caminhada no seu programa de exercícios e ter resultados na queima de gordura dentro de algumas semanas (desde que a sua dieta esteja correta e haja consistência nas sessões de cardio).
Como a intensidade do exercício é baixa, o desgaste muscular também é reduzido, e isso faz com que a frequência da sua atividade durante a semana seja muito maior.
Outro fator que deve ser levado em consideração é que as reservas de glicogênio muscular são preservadas, e isso pode ser um importante fator para aqueles que desejam evitar o catabolismo muscular.
Em contrapartida, o gasto calórico dessa metodologia tende a ser baixo e a duração da atividade pode ser um verdadeiro problema para as pessoas que não gostam de realizar exercícios cardiovasculares.
Dependendo do seu perfil, adicionar algumas sessões de treino contínuo pode ser uma verdadeira tortura psicológica — principalmente se você for uma daquelas pessoas que contam os minutos para sair da esteira ou da bicicleta ergométrica.
Também não podemos deixar de mencionar que essa metodologia de treino não garante uma melhora significativa no condicionamento cardiorrespiratório.
Os benefícios do HIIT
O High Intensity Interval Training tem como principal benefício o alto gasto calórico durante e após a atividade (com o consumo de oxigênio após e o exercício — EPOC, Excess Post-excersise Oxygen Consumption).
Com quinze minutos de atividade, é possível atingir um gasto calórico maior do que uma sessão inteira de um treino contínuo.
Esse por si só é um fator que chama atenção das pessoas que desejam ter resultados aparentemente mais rápidos e em menos tempo.
A melhora do condicionamento cardiorrespiratório é significativa, e em poucas sessões é possível aumentar, e muito, o rendimento físico dos atletas que estão em busca de performance.
Porém, apesar dos seus grandes benefícios, o HIIT deve ser incluído no seu programa de exercícios com cautela.
Em primeiro lugar é preciso ver se o indivíduo está realmente apto a passar por intensas sessões de treinamento (o aval médico é imprescindível) e também é necessário observar qual a atividade que mais se encaixa para a atual capacidade física do praticante.
Pessoas que estão acima do peso, por exemplo, devem priorizar exercícios aeróbicos que não possuem impacto nas articulações (como o ciclismo em bicicleta ergométrica) para que eventuais dores e lesões não ocorram no longo prazo.
Inclusive, é preciso dizer que o HIIT não pode ser praticado com a mesma frequência que o treino contínuo. O recomendado é que essa metodologia seja aplicada até três vezes na semana.
O consumo do glicogênio muscular é alto e o descanso dessa atividade se torna muito maior em função de todo o estresse metabólico.
Porém, se você for uma daquelas pessoas que podem praticar o HIIT e preferem atividades intensas e desafiadoras, essa metodologia de treino pode ser ideal. Principalmente se o tempo disponível que você tem para se exercitar for curto.
A melhor alternativa
E agora? Qual das duas metodologias vale mais a pena? Bem, como você observou até aqui, ambas metodologias possuem pontos positivos e negativos, e certamente existem algumas restrições entre as duas atividades.
Se o seu objetivo for a queima de gordura com a preservação máxima da sua massa muscular, o treino contínuo tende a ser uma escolha mais adequada. A frequência desta atividade é maior, o consumo de gordura durante a atividade também é maior (principalmente se você treinar dentro da sua zona cardíaca lipolítica) e a chance de lesão e de overtraining são bem reduzidas.
Todos esses pontos são ainda mais importantes se você está se preparando para uma competição de fisiculturismo. Lembre-se de que quanto menor for o seu percentual de gordura corporal, maior será a chance de catabolismo muscular — e isso é justamente o que não queremos durante uma preparação, quando o treino resistido permanece sempre em alta intensidade.
Entretanto, se o seu objetivo for o aumento do condicionamento cardiorrespiratório, o HIIT é uma das melhores ferramentas que existem. Também podemos mencionar tranquilamente que essa metodologia promove a queima de gordura e os resultados também são positivos.
Porém, tenha em mente que essa metodologia não é a mais adequada quando a meta é a manutenção máxima da massa muscular. Se o seu objetivo não é competir no fisiculturismo, talvez esse ponto nem seja relevante para você (principalmente se você não deseja ou não está com um percentual de gordura extremamente baixo).
Por fim, podemos mencionar sem sombra de dúvidas que as duas abordagens conseguem entregar resultados extraordinários se forem incluídas da forma correta no seu treino.
Para isso é preciso ter bons profissionais para fazer o seu acompanhamento durante a jornada rumo ao corpo perfeito e ter em mente os fatores principais e básicos que levam à queima de gordura.
Uma nutrição adequada, aliada a uma boa suplementação, em conjunto com bons treinos ainda são os pontos mais importantes que determinarão se você ganhará massa muscular ou queimará gordura de maneira eficiente.
Sem uma base nutricional forte, o treino contínuo e o HIIT não trarão nenhum resultado satisfatório, esteja você fazendo musculação ou não.
Esse foi o nosso post de hoje! Esperamos que você tenha clareado as suas ideias e conseguido fazer a escolha correta entre o treino contínuo e HIIT para os seus objetivos pessoais. Está em busca de mais conteúdos como esse? Siga nossas redes sociais! Estamos no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube!